Estudo em Grupo: Feminilidade 🌷
18 | A ALMA É FEMININA
Ainda é manhã, bem cedo, quando me sento à minha máquina de escrever,
embora eu já tenha ido de bicicleta até a estação da Guarda Costeira, já tenha
visto trinta e um coelhos e dois veados, e já tenha pago para ver, através de uma luneta, o casco enferrujado do petroleiro Pendleton, que naufragou em 1952. A maré está baixa. Os pescadores de vôngole estão nas salinas do outro lado do porto com seus rastelos, e uma escuna acaba de ser rebocada. O vento forte do dia anterior diminuiu e o porto está calmo, o ar parado e quente. Vento, clima e marés cumprem a palavra de Deus. Traz-nos tranquilidade e firmeza saber que também existe uma palavra para nós. O Salmo 144.12 diz:
“[Que nossas filhas sejam] como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio”. Pilares sustentam e apoiam. Esse é o lugar de uma mulher; e todas nós precisamos saber qual é nosso lugar e ser colocadas nele. A ordem de Deus nos coloca no lugar ao qual pertencemos. Conhecemos nossa condição de criatura, nossa dependência. Se há um mandado para nós, sabemos que
somos reconhecidas. Sabemos que nos encaixamos no universo de Deus, que entendemos nossa relação com o restante da humanidade, com a família e, se tivermos um, com nosso marido. Mansidão, creio, é o reconhecimento desse lugar. A Bíblia nos diz que Moisés era um homem “mui manso”. Eu não penso nele como alguém nem um pouco manso no sentido popular — tímido, desinteressado, sem cor. Longe disso. Ser manso, porém, é ter uma percepção sã e adequada de seu lugar no esquema das coisas. É um senso de proporção.
Assim como um pilar é cortado e moldado para caber em determinado
lugar e carregar um peso específico, é diferenciado e limitado por esse corte
e essa modelagem. É a própria diferenciação e limitação que esse pilar tem a oferecer. Assim é conosco. Fomos cortadas em determinado tamanho e moldadas para cumprir determinada função. E é essa função, não aquela. É a contribuição de uma mulher, e não de um homem, que temos para dar.
Maria é o arquétipo da entrega humana. Quando lhe falaram do incrível privilégio que ela teria como mãe do Altíssimo, sua resposta foi de total aceitação. “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lc 1.38). Ela poderia ter hesitado por não querer passar a vida sendo conhecida apenas como a mãe de alguém. Ela poderia ter tido seus próprios sonhos de realização. Mas ela aceitou imediatamente a vontade de
Deus. “Que se cumpra em mim”, essa deve ser a resposta de cada homem oude cada mulher a essa vontade, e é nesse sentido que a alma e a Igreja têm sido vistas ao longo da história cristã como femininas diante de Deus, pois é da natureza da mulher o submeter-se
Ainda é manhã, bem cedo, quando me sento à minha máquina de escrever,
embora eu já tenha ido de bicicleta até a estação da Guarda Costeira, já tenha
visto trinta e um coelhos e dois veados, e já tenha pago para ver, através de uma luneta, o casco enferrujado do petroleiro Pendleton, que naufragou em 1952. A maré está baixa. Os pescadores de vôngole estão nas salinas do outro lado do porto com seus rastelos, e uma escuna acaba de ser rebocada. O vento forte do dia anterior diminuiu e o porto está calmo, o ar parado e quente. Vento, clima e marés cumprem a palavra de Deus. Traz-nos tranquilidade e firmeza saber que também existe uma palavra para nós. O Salmo 144.12 diz:
“[Que nossas filhas sejam] como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio”. Pilares sustentam e apoiam. Esse é o lugar de uma mulher; e todas nós precisamos saber qual é nosso lugar e ser colocadas nele. A ordem de Deus nos coloca no lugar ao qual pertencemos. Conhecemos nossa condição de criatura, nossa dependência. Se há um mandado para nós, sabemos que
somos reconhecidas. Sabemos que nos encaixamos no universo de Deus, que entendemos nossa relação com o restante da humanidade, com a família e, se tivermos um, com nosso marido. Mansidão, creio, é o reconhecimento desse lugar. A Bíblia nos diz que Moisés era um homem “mui manso”. Eu não penso nele como alguém nem um pouco manso no sentido popular — tímido, desinteressado, sem cor. Longe disso. Ser manso, porém, é ter uma percepção sã e adequada de seu lugar no esquema das coisas. É um senso de proporção.
Assim como um pilar é cortado e moldado para caber em determinado
lugar e carregar um peso específico, é diferenciado e limitado por esse corte
e essa modelagem. É a própria diferenciação e limitação que esse pilar tem a oferecer. Assim é conosco. Fomos cortadas em determinado tamanho e moldadas para cumprir determinada função. E é essa função, não aquela. É a contribuição de uma mulher, e não de um homem, que temos para dar.
Maria é o arquétipo da entrega humana. Quando lhe falaram do incrível privilégio que ela teria como mãe do Altíssimo, sua resposta foi de total aceitação. “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lc 1.38). Ela poderia ter hesitado por não querer passar a vida sendo conhecida apenas como a mãe de alguém. Ela poderia ter tido seus próprios sonhos de realização. Mas ela aceitou imediatamente a vontade de
Deus. “Que se cumpra em mim”, essa deve ser a resposta de cada homem oude cada mulher a essa vontade, e é nesse sentido que a alma e a Igreja têm sido vistas ao longo da história cristã como femininas diante de Deus, pois é da natureza da mulher o submeter-se
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