Estudo do livro: Deixe-me Ser Mulher - Elisabeth Elliot
O PESO DAS ASAS
Perspectivas fazem toda a diferença no mundo. Se você tiver pelo menos um vislumbre do projeto divino (e quem pode ter mais do que um vislumbre de qualquer parte dele?), ficará no mínimo humilhada e maravilhada. Creio que uma verdadeira compreensão desse projeto também a tornará uma pessoa grata. Mas há aquelas para quem ser mulher é simplesmente um incômodo,
algo que suportam por ser inevitável, mas que ignoram tanto quanto possível. Elas gastam a vida ansiando por serem outra coisa. Cada criatura de Deus recebe algo que poderia ser chamado de inconveniente, suponho, dependendo de sua perspectiva. Tanto o elefante como o camundongo podem reclamar de seu tamanho; a tartaruga, de seu casco; o pássaro, do peso de suas asas. Mas os elefantes não são chamados a se esconder por trás de lambris; ratos não serão encontrados “marchando, como se tivessem um compromisso no fim do mundo”; tartarugas não precisam voar; nem os pássaros, rastejar. O dom e a habilidade especiais de cada criatura definem suas limitações particulares. E, assim como o pássaro facilmente aceita a necessidade de carregar suas asas ao descobrir que, na verdade, são as asas que carregam o pássaro — paracima, para longe do mundo, para o céu, para a liberdade —, a mulher que
aceita as limitações da feminilidade encontra, nessas mesmas limitações, seus dons, sua vocação especial — asas, de fato, que a carregam até a liberdade perfeita, até a vontade de Deus. Você já me ouviu falar de Gladys Aylward, a “pequena mulher” da China
que ouvi palestrar muitos anos atrás, no Prairie Bible Institute, em Alberta.
Ela contou que, quando era criança, tinha duas grandes tristezas. Uma era que, enquanto todas as suas amigas tinham lindos cabelos dourados, o dela era preto. A outra era que, enquanto suas amigas ainda estavam crescendo, ela estancou, com cerca de um metro e cinquenta de altura. Porém, quando, enfim, chegou ao país para o qual Deus a havia chamado para ser missionária, ela parou no cais em Xangai e ficou observando ao redor o povo para quem ele a havia chamado. “Cada um deles”, disse ela, “tinha cabelo preto. E cada um deles havia parado de crescer e tinha a mesma altura que eu. E eu disse: ‘Senhor Deus, tu sabes o que fazes!’”.
Perspectivas fazem toda a diferença no mundo. Se você tiver pelo menos um vislumbre do projeto divino (e quem pode ter mais do que um vislumbre de qualquer parte dele?), ficará no mínimo humilhada e maravilhada. Creio que uma verdadeira compreensão desse projeto também a tornará uma pessoa grata. Mas há aquelas para quem ser mulher é simplesmente um incômodo,
algo que suportam por ser inevitável, mas que ignoram tanto quanto possível. Elas gastam a vida ansiando por serem outra coisa. Cada criatura de Deus recebe algo que poderia ser chamado de inconveniente, suponho, dependendo de sua perspectiva. Tanto o elefante como o camundongo podem reclamar de seu tamanho; a tartaruga, de seu casco; o pássaro, do peso de suas asas. Mas os elefantes não são chamados a se esconder por trás de lambris; ratos não serão encontrados “marchando, como se tivessem um compromisso no fim do mundo”; tartarugas não precisam voar; nem os pássaros, rastejar. O dom e a habilidade especiais de cada criatura definem suas limitações particulares. E, assim como o pássaro facilmente aceita a necessidade de carregar suas asas ao descobrir que, na verdade, são as asas que carregam o pássaro — paracima, para longe do mundo, para o céu, para a liberdade —, a mulher que
aceita as limitações da feminilidade encontra, nessas mesmas limitações, seus dons, sua vocação especial — asas, de fato, que a carregam até a liberdade perfeita, até a vontade de Deus. Você já me ouviu falar de Gladys Aylward, a “pequena mulher” da China
que ouvi palestrar muitos anos atrás, no Prairie Bible Institute, em Alberta.
Ela contou que, quando era criança, tinha duas grandes tristezas. Uma era que, enquanto todas as suas amigas tinham lindos cabelos dourados, o dela era preto. A outra era que, enquanto suas amigas ainda estavam crescendo, ela estancou, com cerca de um metro e cinquenta de altura. Porém, quando, enfim, chegou ao país para o qual Deus a havia chamado para ser missionária, ela parou no cais em Xangai e ficou observando ao redor o povo para quem ele a havia chamado. “Cada um deles”, disse ela, “tinha cabelo preto. E cada um deles havia parado de crescer e tinha a mesma altura que eu. E eu disse: ‘Senhor Deus, tu sabes o que fazes!’”.
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