Estudos sobre Feminilidade

CONFIANÇA PARA A SEPARAÇÃO

Você, porém, está prestes a se casar. Para você, com certeza, a “vida verdadeira” parece estar bem próxima, e é natural e correto que você aguarde com expectativa o dia maravilhoso que inaugurará uma espécie de vida inteiramente nova para você. Contudo, tanto quanto uma mulher solteira sem
perspectivas palpáveis, você também deve viver a vida de fé. Você compreende o chamado de sua sexualidade para ser uma mulher em comunhão com todas as demais mulheres e os demais homens. Você não é uma mulher apenas em relação a Walt. Se assim fosse, naturalmente, as mulheres solteiras estariam privadas do significado de sua sexualidade. A felicidade e a plenitude delas seriam etéreas, a ponto de negarem aquilo que as distingue dos homens. Essa não é a verdade das Escrituras. As Escrituras ensinam que cada distinção estabelecida pela criação é uma parte necessária e insubstituível do projeto divino. Não conheço palavra melhor para expressar isso do que chamado. É algo espantoso descobrir que somos individualmente chamadas. Recebemos um chamado como mulheres, mas também somos chamadas como mulheres individuais, e é individualmente que devemos responder. Houve longas semanas de separação de Walt, quando você fez coisas que desejava ardentemente compartilhar com ele. A formatura dele ocorreu em um dia no qual era impossível você estar presente, e você teve de perdê-la. A ordenação dele ao ministério ocorreu enquanto você estava na Inglaterra. Ele começou a pregar sem você, e essas experiências nunca poderão ser recuperadas ou revividas. Eu me lembro da sensação. Seu pai (antes de noivarmos) viajou de navio por três semanas, de San Pedro, na Califórnia, ao Equador, parando em
portos fascinantes ao longo do caminho, de onde me enviou cartas fascinantes. Ele começou a estudar espanhol em Quito sem mim. Fez sua primeira viagem à selva, onde mais tarde iria trabalhar. Teve sua primeira
oportunidade de fazer trabalho médico, sua primeira tentativa de usar uma linguagem não escrita — todas essas eram coisas que eu mesma ansiava por fazer — e ansiava, desesperadamente, fazer ao lado dele. “Não deixe nosso anseio destruir o apetite do nosso viver”, escreveu-me, e essas palavras, desde então, me ajudaram muito. Nós aceitamos e agradecemos a Deus pelo
que nos é dado, não permitindo que o não dado estrague tudo.Esse é o chamado. Essa é a ordem de nossa vida. Não há nada de acidental nisso. Podemos entregar-nos a Deus e aceitar tudo o que vem dele. Isso é
parte do que Walt quis dizer com “Senhora, eu sou um calvinista!”.

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